O Brasil tem se destacado como um dos países mais prevalentes para o desenvolvimento de doenças mentais, de acordo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017, principalmente em transtornos de ansiedade, problema afeta 9,3% da população, e transtornos depressivos que foram relatados por 5,8% dos brasileiros. A defasagem na qualidade da saúde mental não é um problema exclusivo do Brasil e já pode ser considerado como um problema de saúde pública no âmbito mundial. Os acontecimentos dos anos de 2020/2021 tornaram um gatilho para a elevação dos casos de ansiedade e depressão, causadas pelo isolamento social, o medo de contágio e a perda de membros da família, decorrente da pandemia de Covid-19. Mediante a esse cenário há uma demanda de novos profissionais de saúde mental. O psicanalista é o profissional que trabalha com a subjetividade das pessoas e no percurso de sua formação desenvolve habilidades para a análise do psiquismo a partir da concepção de uma instância inconsciente que interfere no modo de ser das pessoas, sendo determinante de sofrimentos emocionais. O principal instrumento de trabalho do psicanalista é o seu próprio aparelho psíquico, pois,para a relação com seu paciente precisará ter não apenas estudos teóricos como também autoconhecimento. É recomendado que a formação do analista seja pautada no tripé: estudos teóricos, análise pessoal e supervisão da sua prática clínica, especialmente durante os primeiros atendimentos clínicos. O exercício da psicanálise é livre no Brasil, não é regulamentada e não está vinculada a Conselhos ou a Órgão Profissional. Ao final do curso o egresso terá um diploma de Bacharel em Psicanálise e poderá atuar como empregado em empresas para serviços de prevenção e recuperação da saúde mental, ou por conta próprio. Também poderá atuar como professor do ensino superior (graduação e pós-graduação) desde que tenha pós-graduação lato sensu.